Comecei este trabalho de pintura, ou repintura, melhor
dizendo, com a limpeza do portão, fazendo uma raspagem geral com uma lixa e com
uma escova de aço.
De seguida, utilizando uma mangueira e água retirei todo o
pó que estava no portão, deixando tudo pronto para iniciar a pintura no dia
seguinte…
Sempre gostei de utilizar rolos de pintura para pintar quase
tudo. Sejam paredes, tetos, grades, portas ou portões. Apesar desse tipo de
utensílio não ser muito utilizado em pinturas de ferro como sejam grades ou
portões, pois ele é mais utilizado em paredes e com tintas plásticas, o rolo
usado em pinturas de ferro com tintas acrílicas deixa o trabalho mais perfeito
do que a trincha. Para além de ser mais fácil e mais rápido o trabalho com o
rolo, a tinta é distribuída por igual, ficando a pintura com uma ligeira
rugosidade toda uniforme, ao contrário do que acontece com a trincha em que
muitas vezes não há uniformidade na aplicação da tinta e esta escorre com
alguma frequência, o que nunca acontece com a aplicação feita com rolo. Claro
que também terá que se usar uma trincha para retocar certos pontos onde não é
possível chegar com o rolo, mas coisa pouca. Estes rolos, próprios para pintura
de esmalte, no final do trabalho são descartados, porque não se justifica estar
a usar diluente ou outro produto para lavar estes utensílios. No próximo
trabalho de pintura encaixa-se um rolo novo no porta-rolos e por aí vai…
Os portões de ferro como este que acabei de repintar exigem
uma manutenção periódica, pois começam a enferrujar com alguma facilidade em
certas partes mais expostas à água como acontece com as partes junto ao chão.
Convém aplicar um primário anti ferrugem nessas partes mais degradadas e depois
fazer a sua repintura geral.
Quanto a mim um dos grandes problemas do enferrujamento em
determinadas partes do portão, será o facto de os ferreiros aplicarem o
primário anti ferrugem apenas quando os portões já estão prontos ficando as
peças que ficam sobrepostas ou encostadas desguarnecidas de proteção, o que faz
com que a água que aí penetra provoque o enferrujamento dessas parte
inacessíveis à tinta e faça alastrar a ferrugem.
A pintura deste portão, por acaso até nem estava ainda muito
degradada, tinha apenas um ponto ou outro de ferrugem e o que me levou a fazer
esta repintura foi mais por estar com a cor muito desbotada e porque tinha em
stock uma lata de tinta que tinha comprado numa promoção já há dois ou três
anos atrás e estava com medo que se viesse a estragar, mas pelo que vi quando
abri a lata ainda dava para esperar mais uma boa temporada. Normalmente estas
tintas de esmalte acrílico deterioram-se mais rapidamente apenas depois de a
lata ter sido aberta pela primeira vez.
Este é o resultado final do trabalho. Aquelas manchas
brancas na parte de trás são as pedras do chão que estão a refletir-se na
pintura.