Depois das cheias do inverno passado, o rio Dueça – “o pequeno Basófias”, regressou ao seu caudal reduzido e com a água
suficientemente límpida para permitir um banho refrescante. Para já, parece
afastada a poluição que atacou o rio há uns anos atrás em que era frequente a
água correr com uma cor esverdeada. Falava-se muito sobre a possível origem
dessa poluição, escutavam-se críticas e alvitravam-se hipóteses, mas o certo é
que o problema parecia insolúvel e persistiu durante muito tempo o que levou as
pessoas a afastarem-se do rio.
O rio Dueça há quase dois séculos atrás esteve em discussão
pelas autoridades municipais mirandenses, sobre a sua possível navegabilidade
até Ceira. Seria um projeto muito interessante se fosse realizável, o que, para
quem conhece actualmente este curso de água, dirá que era apenas um desejo ou
uma utopia.
A verdade é que o rio já é navegável…numa extensão de 500 metros !... Pena não
ser mais, mas… talvez um dia…
Esse pequeno percurso situa-se na zona da Quinta da Paiva e
foi no passado dia 1 de Junho, dia da criança, utilizado pelos escuteiros para proporcionarem
à juventude passeios de canoa e de jangada no rio.
Eu também aproveitei para fazer regressar o “João Persiana”
ao Dueça e desfrutar da frescura e da paisagem exótica formada pelo frondoso
arvoredo e pela água, onde o sol primaveril projetava miríades de sombras e
reflexos de várias cores, fazendo lembrar os rios das florestas tropicais.
As crianças gostam do “João Persiana”. Das margens ou de
cima da ponte não tiram os olhos do barco, acenam e algumas pedem para dar uma
volta. Não é para admirar, pois o “João Persiana” parece um brinquedo que
sobressai na verdura da água e do arvoredo. Mas acho que toda a gente gosta de
barcos, o que não é para admirar. Afinal somos um povo de marinheiros!...
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