MOINHOS DE ÁGUA

Pequeno vídeo mostrando o funcionamento do moinho

É impressionante a quantidade de moinhos para moagem de cereais que existiram outrora nas zonas rurais. Eram movidos pela força da água ou do vento e ainda é possível encontrar alguns a funcionar e a transformar grãos de trigo ou de milho em farinha, como um moinho de vento na zona de Penacova de que já falei no blogue em “Velas ao Vento”, e onde podem ser visualizados dois pequenos vídeos com o moinho em funcionamento.

Têm vindo a ser restaurados muitos moinhos, embora, como é lógico, a maioria tenha apenas a finalidade de manter vivas as tradições e a cultura de um povo e também como forma de fomentar o turismo.

Na Quinta da Paiva, em Miranda do Corvo, encontra-se um moinho de água que foi recentemente restaurado e se encontra pronto a funcionar, não para transformar cereais em farinha, como o fez noutros tempos, mas para valorizar um espaço que já foi de exploração agrícola e que agora se encontra transformado em zona turística e de lazer.

A levada e o moinho ao fundo
A água que faz mover este moinho provém do rio Dueça e corre por uma levada ao longo de mais de 200 metros, levada que se destinava também a fazer a irrigação dos campos que atravessa e que se encontram numa cota inferior, quando estes se encontravam cultivados. Esta levada tem o seu início num ponto onde o nível da água foi elevado com a construção de um açude e termina alguns metros após a sua passagem pelo moinho.

Nora de corrente
A água, no seu percurso pela levada, passa também por uma nora de corrente, que ali foi colocada recentemente, provavelmente com a finalidade de embelezar o local, mas que, devido ao fraco caudal da levada nesta altura do ano, se encontra parada. Este tipo de noras está equipado com pás que são empurradas pela força da corrente, resultando daí a sua rotação e consequente elevação da água que é transportada nos alcatruzes ou púcaras e que vai sendo despejada num tabuleiro, conforme se vai dando a inversão dos recipientes na parte superior da roda. Se, por hipótese, os terrenos da parte superior daquela levada fossem cultivados e a água que ali circula fosse em quantidade e com a força de corrente suficientes, poderia um sistema daqueles ser ali muito útil, para irrigação, pois não consumiria qualquer tipo de energia, sendo movido pela força da própria água.


2 comentários:

  1. As grandes barragens como o Alqueva e outras,podiam alimentar as maiores moagens do Mundo,sem precisar de centrais elétricas.A farinha seria julgo eu mais barata.Não era preciso o grande consumo de elétrecidade.

    ResponderEliminar
  2. Este blog apresenta algumas "engenhocas" e trabalhos práticos muito interessantes. Muitas "enxadas" numa só pessoa são a melhor defesa em períodos económicos difíceis. Gostei do moinho recuperado, com piso em grade, permitindo ver o seu funcionamento.

    ResponderEliminar