BOMBA DE CORDA - Um engenho de sucesso

Hoje vou voltar a falar da minha bomba de corda. Já falei bastante sobre ela mas não tanto que não possa ou não deva voltar ao assunto. É que este é um dos meus projetos ou engenhocas caseiras que obteve sucesso. E tanto assim é que, recentemente, lhe introduzi mais algumas melhorias, o que não teria feito se este engenho não fosse como é, de facto, um dos meus melhores projetos em termos de resultados práticos.

Torre ou mastro da bomba.
Construído com tubos cheios
com argamassa de cimento
e ferro. Foi reforçado na base.
Fiz na bomba quatro alterações. Uma delas e talvez a mais importante foi a colocação de um novo mastro ou torre feito em tubos de fibrocimento e pvc, que foram concretados com ferro e cimento para substituição do anterior mastro que era feito de um tronco de eucalipto. Não que esse eucalipto já estivesse podre ou coisa que o valha, antes pelo contrário, mas achei por bem construir um mastro mais direito e também mais durável, uma vez que a base do eucalipto em contato com a humidade iria inevitavelmente acabar por apodrecer.

Outra alteração e que comprova também o sucesso deste engenho foi a colocação da roldana submersa mais junto ao fundo do poço, de modo a que a água seja quase toda elevada pela corda evitando ter que tirar água com um balde para esvaziar totalmente o poço quando quero fazer a limpeza do mesmo. Anteriormente, a roldana estava cerca de 30 cm acima do fundo e por isso ficava ainda muita água no poço que não era puxada pela bomba. Claro que se a bomba não desse resultado não me teria preocupado com estes pormenores.

Fiz também uma pequena melhoria no esticador da corda, uma coisa muito simples mas de grande importância, que foi a colocação de uns pesos na ponta do esticador oposta à sua roldana, de modo a que a corda se mantenha sempre esticada. Isto é muito importante porque as cordas, pelo menos durante as primeiras utilizações, tendem a alargar e, como é evidente, se a corda não estiver esticada o sistema não funciona nas devidas condições.

A terceira e última alteração foi a colocação de uma nova corda, desta vez uma corda de nylon para substituir a anterior que era de fibra de algodão. As cordas de nylon parecem-me mais resistentes para este tipo de utilização e são também mais baratas e, possivelmente, mais duráveis. Um pormenor a ter em conta é que a corda para além de ser o elemento mais importante do engenho é também o seu ponto mais fraco e isso é bem patente na minha bomba de corda devido ao seu funcionamento intensivo, pois não me limito a puxar um balde de água de vez em quando, mas a puxar, durante o verão, cerca de 20.000 litros de água. Isso origina naturalmente o desgaste das cordas, tendo que substituí-las pelo menos uma vez por ano, mas mesmo assim, compensa muito ter uma bomba destas.