Gerador que produz a baixa rotação, fácil de fazer


Para construir este gerador comecei por fazer um pequeno molde quadrado, que enchi com argamassa de cimento branco e areia.

Depois, cravei na massa dois pedaços de tubo inox, que enchi também com argamassa e no cimo dos tubos cravei duas abraçadeiras metálicas que irão servir de chumaceiras para segurar os rolamentos do veio do gerador.


De seguida, chumbei também na massa quatro peças de alumínio, duas de cada lado do veio. A distância entre essas peças foi antecipadamente regulada para que as bobinas entrem à justa no espaço entre cada duas peças e, depois, sejam apertadas com parafusos fazendo pressão sobre as bobinas.


A seguir, cravei também na argamassa quatro barrinhas de ferro roscado de 6 mm, que irão servir para segurar a cobertura do gerador. Essa cobertura é inédita neste tipo de engenhocas e poderão verificar isso mais à frente.

Agora estão a ver o veio do gerador que foi feito a partir do veio de uma rebarbadora de sucata. Coloquei nesse veio ímanes de neodímio de 20x10x2mm. Juntei os ímanes em grupos de seis para ficarem mais fortes. O ideal seria colocar ímanes já com uma espessura de cerca de 10mm, mas essas medidas são difíceis de encontrar, ou são muito caras.


Para colar os ímanes utilizei um silicone do tipo cola e veda. Esse é o tipo de cola em que tenho mais confiança para maior durabilidade. Atenção que não colei íman por íman, apenas coloquei cola no veio e em cima dessa cola o grupo de seis ímanes. Depois, preenchi o espaço entre os grupos de ímanes com cola, de modo que fiquei com a certeza absoluta de que nunca se irão soltar.

As bobinas que utilizei são bobinas de motores de esgoto de máquina de lavar louça às quais cortei o ferro silícico do núcleo, aquele pedaço de ferro que forma uma concavidade onde rodavam os ímanes originais destas bobinas. Por outros trabalhos que já fiz aprendi que assim resulta melhor, neste tipo de adaptações.


Resolvi pintar a base do gerador que, embora não fosse um trabalho absolutamente necessário, sempre fica melhor e restos de tinta é o que não falta no meu armazém de sucatas.

Depois passei à fase da colocação do veio do gerador nas chumaceiras e também das bobinas que terão de ficar com o ferro silícico o mais possível encostado aos ímanes, mas sem que toque neles, como é evidente.


Coloquei duas pontes retificadoras para transformar a corrente alternada em corrente contínua.  As bobinas deste gerador vão poder fornecer energia, em conjunto ou em separado; os testes que vou fazer, ajudar-me-ão, a decidir sobre o que será melhor.

Fiz os primeiros testes e verifiquei que, apenas com um conjunto de bobinas e com uma rotação muito baixa é possível, em vazio, chegar aos 40 volts. Já com as bobinas ligadas entre si e com um pouco mais de rotação o multímetro chegou a marcar 150 volts.

Mas… eu queria testar este gerador a produzir luz e, para isso, preparei dois faróis de 24 ledes cada um, para ver o que é que isto iria dar.

Para fazer a ligação dos faróis de ledes, retirei as pilhas, são três pilhas de 1,5 volts que cada um tinha, portanto, os dois em conjunto requerem uma potência de 9 volts para acender na sua força máxima.


Liguei os fios nos positivos e negativos da caixa de pilhas e coloquei lá dois pedaços de madeira do tamanho das pilhas que vão fazer pressão nos fios, impedindo-os de se soltarem e depois colei tudo com cola quente.

E já estou a fazer o teste com os dois faróis de ledes, utilizando um conjunto de bobinas em cada farol. Apenas com uma ligeira rotação os ledes já acendem, pelo que, com uma roda de água de pequena dimensão, ou com uma pequena turbina eólica será possível obter uma boa luz com este gerador construído de forma completamente original.


Não me vou ficar por aqui com estas experiências e irei testar o gerador numa pequena roda de água e também, possivelmente numa turbina eólica, porém isso terá que ficar para outro post. O que não vai ficar para outro post é a cobertura do gerador que fiz a seguir e que foi feita com, imagine-se, uma caixa de acrílico, daquelas caixas em que os primeiros telefones celulares vinham acondicionados, penso que todos se lembrarão disso, só que agora, não sei a razão, mas calculo, os celulares são vendidos dentro de caixas de cartão.


Esta cobertura fica completamente impermeável, o que é ótimo para usar em roda de água, ou turbina eólica e tem ainda a graça de se poder ver o mecanismo a funcionar dentro da caixa.


Talvez goste também de:

Esta turbina é muito diferente das anteriores que já elaborei e é mais uma tentativa de melhorar o meu sistema de rega eólico, no sentido de que funcione com ventos fracos e ao mesmo tempo, tenha um sistema de proteção contra ventos tempestuosos.
Esta turbina tem apenas quatro pás e a ideia é de que gire com rotações mais elevadas e, ao mesmo tempo, com menor esforço...  Ler mais

CATA-VENTO COM DÍNAMO DE BICICLETA
Este cata vento era apenas decorativo, até que um dia o autor do blog decidiu aplicar-lhe um dínamo de bicicleta para ver o que daria. A sua ideia era tentar carregar uma pequena bateria e acender uma lâmpada, mas acabou por desistir desse intento e utilizar o cata vento para instalar uma bomba de corda. No entanto o gerador funcionou como é possível ver em pequenos vídeos carregados para o Youtube...   Quero ler o artigo




ADAPTAÇÃO DE UM DÍNAMO DE BICICLETA PARA FUNCIONAR COMO GERADOR EÓLICO
Este dínamo é o mesmo que estava aplicado no cata vento do artigo anterior. Entretanto ele foi adaptado para funcionar ligado a uma correia num outro cata vento. Foram aplicados rolamentos e este componente está agora muito mais resistente podendo trabalhar a rotações elevadas sem perigo de desgaste...   Quero ler o artigo


Sem comentários:

Enviar um comentário