Tenho ouvido
falar tanto de alternadores de automóvel transformados em geradores de ímanes
permanentes para funcionarem em turbinas eólicas, que me senti quase na
“obrigação” de modificar também um alternador. Fiz este trabalho apenas como
descargo de consciência, porque tinha quase a certeza absoluta de que um
alternador de automóvel, seja ele modificado ou não, nunca vai servir para
gerador eólico.
Bem… o certo
é que este alternador modificado passou a funcionar como gerador de corrente
contínua e ficou muito bom, muito bom mesmo. O facto de não servir para eólica
é outra história de que falarei mais à frente.
Já falei em
um post anterior da forma como modifiquei este alternador. Usei um método
completamente original, fácil de executar e com a garantia absoluta de que os
ímanes jamais se irão soltar ou deslocar do rotor do gerador.
Como podem
ver na primeira imagem o gerador, rodado pelo meu multiplicador de rotações a pedal
chega aos 13 volts e acende facilmente duas lâmpadas de automóvel de 55 watts
cada. E até acendeu quatro lâmpadas em simultâneo, em outro teste. Isto
significa que consegue, atingindo as rotações necessárias, carregar uma bateria
de automóvel.
O problema é
que este, ou qualquer outro gerador não consegue, acoplado a uma turbina eólica,
chegar sequer a uma décima parte das rotações necessárias para carregar
baterias. Testei este alternador na minha turbina eólica e, com ventos
moderados, apenas conseguiu produzir pouco mais de um volt. Ainda fiz um
sistema para multiplicar as rotações, mas nem sequer cheguei a testar esse
sistema porque, simplesmente, não valia a pena. O giro ficava tão pesado que só
com ventos muito fortes a turbina iria girar.
Fiz outro
teste com o alternador acoplado a uma pequena roda de água. Nesse teste o multímetro
marcou apenas 1 volt e pouco e nem sequer conseguiu acender um pequeno farol de
ledes.
Uma coisa é
certa, este gerador agora não precisa de consumir energia de uma bateria para
funcionar e pode ser uma boa opção para rodas de água, movidas com muita água e
em que seja aplicado um sistema multiplicador de rotações. Numa turbina eólica
não adianta pensar em grandes multiplicações de rotação, porque o gerador irá
ficar mais pesado de rodar e a turbina também irá rodar mais lentamente,
perdendo-se a vantagem da multiplicação.
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