Nas
zonas rurais, antes do aparecimento da Internet, para fazer pesquisas sobre
qualquer assunto de que tínhamos pouco ou nenhum conhecimento, era costume
irmos “pesquisar” ao café ou à taberna da aldeia. Nesses locais desenvolviam-se
autênticos “fóruns” onde se discutia sobre os mais diversos assuntos. A
agricultura era um dos temas mais falados e cada participante dava a sua
opinião sobre a melhor maneira, ou sobre a melhor altura para semear as suas
batatas, os seus feijões ou o seu milho. Os participantes nesses "fóruns" falavam
também muito sobre a qualidade das suas árvores de fruto, incluindo, claro
está, as suas videiras, do vinho que produziam e até da sua aguardente…
Eram
lançadas para a discussão muitas opiniões diferentes e sobre o fabrico da
aguardente, que é do que trato neste artigo, existiam também algumas ideias
bastante diversificadas, porque nesta tarefa específica assim como em muitas
outras não existia uma regra única e absoluta. Cada um tinha a sua própria ideia,
que julgava ser a melhor, sobre a forma de fazer sua aguardente.