CONSTRUÇÃO DE UMA BOMBA DE SOGA A PEDAL E EÓLICA - funcionamento a pedal

Quando lanço mãos à obra num qualquer projeto caseiro, tenho por hábito não descurar a segurança e a solidez dos mesmos, sejam eles na área da pequena construção civil ou mesmo em simples engenhocas artesanais. Procuro também aperfeiçoar os meus projetos e, no caso das engenhocas, como elas geralmente não obedecem a um plano prévio e são construídas um pouco ao sabor da imaginação, tenho alguma tendência em complicar um pouco as coisas, fazendo alterações não absolutamente necessárias, que obrigam a mais trabalho, tudo sempre na tentativa de conseguir melhores resultados.



A bomba em construção, faltando ainda a colocação da turbina eólica na torre

Isto já aconteceu no passado e também está acontecer com o projeto que tenho em mãos no momento, uma bomba de soga que será movimentada de forma manual ou pela força do vento. Esta bomba já funcionava com uma manivela, mas entendi que devia modificá-la fazendo circular a corda através de pedais, utilizando uma velha bicicleta que já abandonou a estrada há vários anos, mas que ainda voltou a ser útil, como poderão ver no vídeo que está no final do artigo.

O que me levou a fazer essa alteração são as dúvidas que tenho em relação ao sucesso da parte eólica, porque na forma manual (ou será agora pedonal?) o êxito está garantido. Se a bomba fosse para tirar um balde ou dois de água, de vez em quando, do poço, não haveria necessidade de fazer essa modificação, mas ela destina-se a transportar água para um depósito de cerca de 1000 litros, que será utilizada em regas. A bomba está instalada num vale onde o vento não é muito constante, havendo alturas em que é inexistente e outras em que sopra com alguma violência. Felizmente no verão, que é a estação em que o funcionamento da bomba é mais necessário, costuma soprar uma brisa ligeira que julgo ser suficiente para movimentar a turbina eólica, deixando-me algumas esperanças no sucesso.



 Recipiente no cimo do mastro para aparar os salpicos de água

Para além da bicicleta fiz outra alteração importante na bomba. Tratou-se da colocação de um recipiente de alumínio no topo do mastro para evitar os salpicos provocados pela roldana e também para aparar alguma água que não era engolida pelo tubo de descarga e que saía pelo cimo do tubo. Para aproveitar ao máximo a saída em altitude da água, deixei a forqueta de descarga muito perto do cimo e isso talvez tenha sido um erro. Esse possível erro acabou por ser benéfico, porque a forma como foi corrigido beneficiou muito a arquitetura do sistema e a sua eficiência. Mas, mesmo assim, é impossível evitar totalmente os salpicos porque a corda arrasta sempre consigo alguma água.


Este projeto está dividido em três fases. A primeira, que era colocar a bomba a funcionar de forma manual, está concluída. A segunda fase será a parte do funcionamento a vento, mas esta fase já está muito adiantada, faltando colocar apenas a turbina a rodar no eixo vertical da torre. Essa turbina também já está em fase adiantada de execução, mas não vou ainda falar dela, farei isso quando estiver montada na torre e se não funcionar ou funcionar mal não terei qualquer problema em admiti-lo. A terceira fase, que numa perspetiva técnica me parece ser a mais simples, será a instalação do depósito e a respetiva canalização. Essa canalização constará da ligação do tubo de descarga da bomba ao depósito e também da colocação de um tubo para retorno da água quando o depósito estiver cheio, mas este último caso só se aplica se a movimentação da bomba for possível através da força do vento. 



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