A melhor motosserra para cortar lenha



À primeira vista pode parecer que esta motosserra é uma Stihl, mas não é nada disso. Quando a adquiri por um preço bastante acessível suspeitei logo que a máquina não tinha nada a ver com a Stihl, pois mesmo não sendo grande conhecedor destes aparelhos, tudo nela aparentava alguma fragilidade que não parecia compatível com a fama da marca. O vendedor era um particular que, segundo disse, a tinha adquirido como sendo uma Stihl, mas que nunca a chegara a utilizar e que até tinha perdido o manual do aparelho.
Perante o baixo preço pedido pela ferramenta decidi-me a adquiri-la, mesmo com as fortes dúvidas que tinha sobre a sua originalidade e assim que tive oportunidade fui fazer algumas pesquisas, não sendo preciso procurar muito para verificar que se trata de uma falsificação, saltando logo à vista, no site da Stihl, o alerta sobre o assunto.

A motosserra que eu comprei ostenta um autocolante com o nome da marca e indicando que se trata do modelo MS 660. Ora, este modelo original da Sthil é uma poderosa ferramenta desenvolvida para trabalhos profissionais intensos, com 91.6 cm3 de cilindrada, o que deita logo por terra qualquer hipótese desta se tratar duma dessas máquinas e a única semelhança que elas deverão ter é a sua cor de laranja.

Como não tenho manual do aparelho, nem sequer sei qual á a cilindrada do motor que deve ser bastante inferior aos 91.6 cm3 do modelo original e o pior é que se ele avariar, dependendo do tipo de maleita, o mais certo é não ser possível a sua reparação.

Quanto ao funcionamento desta máquina até agora, não posso dizer que o dinheiro que dei por ela foi mal empregue, pois o motor tem funcionado bem, apesar de ter algumas dificuldades para o fazer arrancar pela primeira vez em cada sessão de trabalho. No entanto, para já, um importante componente do sistema teve de ser substituído o que indica a sua fraca qualidade. Trata-se da lâmina ou como é normal dizer-se: da corrente da motosserra. Este elemento da máquina parece ser de muito pouca qualidade para um aparelho que queria copiar um modelo profissional e resistente com é o modelo MS 660 da Stihl.

O desempenho da corrente foi anedótico. Estava sempre a alargar e tinha de a apertar com demasiada frequência. Tanto, que a dada altura já não havia possibilidade de mais ajustes e tive de lhe mandar retirar dois elos para poder continuar a usá-la. Depois disso continuou a alargar e a rosca de um dos parafusos de aperto do sabre acabou por se moer. A qualidade do corte também não era muita, para não dizer que era péssima e já estava a pensar em comprar uma corrente nova quando essa decisão teve de ser abreviada, pois a corrente partiu-se e saltou quando a motosserra estava a trabalhar ao ralenti. Para além do prejuízo não é de excluir um possível acidente que poderia ter acontecido perante tal facto.


Boa mesmo parece ser esta motosserra elétrica que adquiri recentemente. Para além de ter mais potência do que a anterior é muito mais segura, foi mais barata, (custa metade do preço de uma de idêntica potência a gasolina) e tem a vantagem de exigir muito menos manutenção do que a outra, desde logo não é preciso andar com a vasilha da gasolina atrás de nós, apenas é preciso meter óleo de lubrificação da lâmina. Ela “pega” (pega entre aspas) sempre à primeira e a corrente imobiliza-se assim que largamos o botão. Quando estamos a ajeitar um pau ou queremos pousar por instantes a máquina, o motor está parado, não estando a consumir energia. Se fizermos bem as contas, nestes trabalhos de corte de lenhas com uma motosserra a gasolina, consome-se muito combustível, que fica muito mais caro que a eletricidade que a máquina elétrica gasta. O único inconveniente que vejo nela é o facto de ter que andar com o cabo elétrico atrás e de não ser possível usá-la longe de casa.

Sinceramente, eu que já corto a lenha para a minha lareira há “séculos”, considero que fui pouco inteligente por ter usado tanto tempo uma motosserra a gasolina para fazer este tipo de trabalho.