Local onde vai ser erguido o novo hotel de Miranda do Corvo |
Já
se iniciaram as obras de um novo hotel nas margens do rio Dueça. Depois do “HD Duecitânia Design Hotel”, que já se
encontra em funcionamento, e do "Rural Villas Hotel", este em fase
adiantada de execução, uma nova unidade hoteleira vai surgir nos antigos terrenos
agrícolas da Quinta da Paiva, em Miranda do Corvo, um local que se encontra
agora totalmente voltado para o turismo.
O
terreno onde está a ser construído o hotel e onde já está há alguns anos
instalado um complexo de piscinas, chegou a ser falado para a construção do
estádio de futebol do Clube Atlético Mirandense e também do Centro de Biomassa
para a Energia, mas essas duas instalações acabaram por se erguidas na zona
industrial do concelho.
O
declínio da agricultura na região, como de resto em muitas outras regiões do
país, levou a que muitos terrenos com aptidão agrícola ficassem disponíveis
para outros fins, nomeadamente para a construção de edifícios e infraestruturas
de interesse público, como foi o caso dos terrenos da Quinta da Paiva e de
muitas outros campos agrícolas.
Infelizmente,
nesta zona, não foi só a agricultura que entrou em declínio; também a maior
parte das indústrias que existiam por aqui, algumas delas já com bastantes anos
de atividade e que davam trabalho a algumas centenas de operários, encerraram
as suas portas. Na sua maior parte eram fábricas ligadas à construção civil,
atividade que também sofreu uma forte redução, provocando assim uma acentuada
diminuição do emprego e a consequente necessidade de procurar novos caminhos de
desenvolvimento.
A
indústria do turismo é uma atividade ainda recente no concelho. Há vinte ou trinta
anos atrás ninguém acreditava que Miranda do Corvo pudesse vir a ser um destino
turístico que ultrapassasse a visita de forasteiros a algumas festas, ou
participação em romarias; as suas belezas naturais eram subvalorizadas e
ninguém se dava ao trabalho de subir à serra para apreciar a beleza das
paisagens. A vila não tinha castelo. O que poderia ser um farol para os turistas
tinha sido delapidado por gerações que, talvez, ainda não estivessem cientes do
valor da sua história e do seu passado. Desse castelo apenas resta uma torre
que vai ser intervencionada para tentar reparar erros de trabalhos anteriores,
que a deixaram muito diferente do que deveria ser na realidade. Talvez o
castelo também possa ser reconstruído, recorrendo a estudos e/ou testemunhos
que tenham passado de gerações em gerações, de modo a ser reproduzido de forma
fiel… e por que não?... Mais meio metro
para a esquerda ou para a direita que importância teria?... Nenhum dos
construtores originais cá viria reclamar…
É
necessário seguir em frente e o turismo pode ser um caminho viável, desde que
exista desenvolvimento noutros setores da economia. Uma linha de três hotéis,
construídos quase em simultâneo, numa zona rural e separados por apenas uma
dezena de quilómetros não é coisa pouca, mas lá diz o ditado: “não há fome que
não dê em fartura”. Vamos esperar que o mesmo se vá passar com o país.
Atualização em 2 de Março de 2014:
Imagem mostrando o Hotel já em fase de acabamentos:
Atualização em 2 de Março de 2014:
Imagem mostrando o Hotel já em fase de acabamentos:
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