As duas antigas pontes de madeira na Quinta da Paiva. Ao fundo avista-se o moinho de água que nesta altura se encontrava em ruínas. |
Na foto não se vê a ponte mais larga na sua totalidade, mas esta, do lado da margem direita do rio, tinha um portão que foi ali colocado quando foi feita uma substituição do madeiramento da estrutura, em finais dos anos 60, com a finalidade de impedir a sua utilização pelas gentes locais. Quando foi colocado o portão a ponte do povo já existia, mas estava em muito mau estado pelo que, ao que me lembro, foi efectuada uma subscrição nas aldeias de Montoiro e Paiviegas, com vista à sua recuperação. Esta ponte era pedonal e o estrado de madeira, com pouco mais de um metro de largura assentava em duas vigas de ferro em forma de I, que apenas se encontravam apoiadas nos pilares das duas margens do rio e, como não eram bastante fortes, a ponte balançava perigosamente. A foto data de meados da década de 70 e, nesta altura, o portão da ponte mais larga já não existia, pois entretanto tinha-se estragado e, como não foi reposto, o povo passou a circular nela livremente.
Actualmente, com a transformação da Quinta da Paiva num espaço público de turismo e lazer, o rio passou a ser transposto por imensa gente, tendo sido construídas duas novas pontes. Uma foi construída em substituição das duas pontes de madeira, no mesmo local do rio e a outra cerca de 500 metros a montante.
Nesta altura já o estrado de madeira da ponte do povo tinha desaparecido e dela só restavam as duas vigas de ferro I, mas estas foram incorporadas no betão das novas pontes, terminando assim uma história de alguma possessividade por parte dos antigos proprietários da Quinta, que, pelo menos durante algum tempo, não permitiram a utilização da sua ponte e apenas autorizavam a passagem pela serventia pública que atravessava os seus terrenos, por pessoas a pé.
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