A INSPECÇÃO MILITAR

Apesar de apenas ter assentado praça em Janeiro de 1972, tenho de recuar seis meses e iniciar a história da minha vida militar, quando fiz o concurso para admissão de praças da Armada, auxiliado pelo antigo regedor da freguesia de Miranda do Corvo, que me forneceu todas as informações e impressos necessários para o efeito. Como era menor, tinha apenas 16 anos, tive de enfrentar a oposição dos meus pais, que a principio não queriam dar a necessária autorização, tendo acabado por ceder face à determinação e argumentos que apresentei.


Fui convocado para prestar provas e fazer a respectiva inspecção no dia 18 de Novembro de 1971. O local que me foi indicado para a realização dessas provas foi a Casa dos Pescadores de Matosinhos, onde me devia apresentar às 8.h30.

A MINHA CHÁCARA

Actualmente estão na moda as chácaras ou quintinhas, que são pequenos ou médios terrenos onde os seus proprietários, principalmente ao fim de semana, procuram estar em contacto com a natureza, fazendo alguns trabalhos agrícolas e tentando fugir assim ao stress. Geralmente são pequenas propriedades, apenas com alguns barracões ou currais para animais. Mas também existem aquelas quintinhas que funcionam quase como uma segunda habitação do proprietário.

Hoje vou falar da minha pequenina chácara ou mini quintinha, onde fiz algumas pequenas construções, entre as quais um pequeno sistema de aproveitamento de águas pluviais, aproveitando materiais que na sua maioria estavam deitados ao abandono em aterros ou lixeiras.

PORTEFÓLIO REFLEXIVO DE APRENDIZAGEM

No dia 25 de Maio deste ano, fui presente a júri para apreciação do meu processo de RVCC Escolar de nível secundário. Hoje completam-se exactamente seis meses após essa data. Em jeito de comemoração vou aqui fazer um pequeno balanço dessa etapa da minha vida que durou nove meses.


O SERVIÇO MILITAR

O serviço militar foi uma fase muito importante da minha vida. Hoje vou iniciar uma série de publicações onde irei falar de aprendizagens e experiências adquiridas durante a minha passagem pela Armada Portuguesa.
As minhas postagens no blogue não obedecem a uma ordem cronológica de factos, pelo que poderei vir a falar de experiências e histórias de vida acontecidas em datas anteriores. Vou começar hoje por uma pequena introdução.

Durante toda a minha vida sempre fui um sonhador. Na minha infância e adolescência passava muitas horas a ler, embrenhando-me de tal modo nas histórias dos livros que lia, que já não me sentia um leitor, mas sim uma das personagens da história, fazia parte integrante desse livro. Durante vários anos fui um leitor assíduo das Bibliotecas Itinerantes da Gulbenkian. Sentia-me feliz quando ia à Biblioteca devolver os livros já lidos, para regressar com outros envoltos em mistérios que iria desvendar até à próxima visita da carrinha.

CONSTRUÇÃO DE UM SISTEMA SOLAR TÉRMICO ARTESANAL

Há alguns anos atrás construí, encontrando-se em pleno funcionamento, um sistema solar para aquecimento de águas para lavagem de louças e banhos que, apesar de ser um pouco precário e rudimentar, tem cumprido bem a sua missão, tendo graças a ele poupado já alguns (muitos) euros em bilhas de gás. É um sistema que funciona por termo-sifão; os depósitos, ligados entre si por um tubo, encontram-se situados acima dos painéis. Do fundo dos depósitos sai um tubo que liga à parte mais baixa dos painéis, outro que liga do cimo dos painéis ao meio dos depósitos. A água fria do fundo dos depósitos desce para o fundo dos painéis e aí é aquecida pelo sol subindo para os depósitos e daqui para o interior da casa, para a cozinha e casas de banho. Esta circulação entre painéis e depósitos é uma circulação natural, que é denominada de termo-sifão.

O MONTE GERUMELO E A LENDA DOS FERREIROS DE PENELA

O cume do monte Gerumelo. Ao fundo a elevação cónica de Germanelo.

Perto de Penela existem dois montes que distam entre si cerca de dois quilómetros. São os montes Melo, a norte e Gerumelo, a sul. Num desses montes, o Melo, existe um castelo que foi erguido por D. Afonso Henriques em 1142 e que se encontra quase todo destruído. As atuais muralhas, ameadas, foram parcialmente reconstruídas no troço norte, séculos mais tarde, seguindo o traçado original, pelo seu proprietário, o historiador de Penela, Professor Salvador Dias Arnaut (1913-1995).

O REBUSCO DA AZEITONA

Ontem, fui à minha chácara colher azeitonas para retalhar e curtir em água. Este ano dá gosto ver as oliveiras carregadas de frutos sãos e brilhantes. Já há alguns anos que as não via assim tão bonitas aqui por estas bandas. Infelizmente muita da azeitona não vai ser aproveitada, pois devido aos elevados custos que comporta a sua colheita, aliada à dificuldade em encontrar lagares a funcionar na zona, muitos proprietários de oliveiras optam pelo seu não aproveitamento. A azeitona, que há alguns anos atrás era uma mais-valia para os pequenos agricultores, que nesta altura contratavam trabalhadores para a apanha, agora não dá para o trabalho. Durante a safra os campos enchiam-se de animação, ouviam-se cantigas, risos…