Projetos e engenhos caseiros sustentáveis - construção civil - agricultura - histórias de vida.
PORTOS DO MONDEGO
Quadro representando a zona de Santa Clara e o rio, onde outrora existia intensa navegação. |
O
Mondego foi, desde tempos imemoriais, uma importante via de comunicação. Já
Estrabão falava do movimento dos seus barcos e Edrisi referia que um viajante
que quisesse seguir de Coimbra para Santiago de Compostela deveria deslocar-se
até Montemor-o-Velho e aí tomar o navio que o levasse ao seu destino. Com
efeito, na Idade Média, Coimbra, Montemor e Soure eram portos interiores onde
com facilidade chegavam os barcos mercantis de alto mar, de árabes e normandos.
No tempo do nosso primeiro rei ainda atracavam a Coimbra navios de pequeno
calado.
AS ALDEIAS DO MONTOIRO E PAI VIEGAS
Foto atual da aldeia do Montoiro. Ao fundo está a estrada que segue para Pai Viegas. |
Todas
as povoações têm a sua história, sejam cidades, vilas ou até a mais pequena
aldeia. Quem pesquisar na Internet por uma qualquer cidade ou vila, encontra
sempre qualquer coisa a respeito. No entanto, ainda há muitas aldeias sobre as
quais pouco ou nada consta nesta imensa janela de informação.
Há
dias resolvi colocar o nome da minha aldeia, Montoiro, na página de buscas do
Google e, algo admirado, verifiquei que pouco ou nada apareceu a seu respeito.
Aliás, o sistema até me pergunta se eu não quereria dizer Monteiro em vez de
Montoiro, o que parece indicar o desconhecimento ou a pouca relevância da palavra
para os mecanismos de busca, o mesmo acontecendo para Pai Viegas, uma pequenina
e antiga aldeia que está ligada ao Montoiro pelo mesmo Santo Padroeiro (do qual
falarei mais à frente) e da qual dista apenas algumas centenas de metros.
UM FORNO PARA TODOS OS FINS
“Um forno para todos os fins” é o título de um artigo
do livro de John Seymour, The Complete Book Of Sel-Sufficiency. O autor
relata a forma como construiu um forno na sua quinta, a que deu o nome de Fachongle,
o mesmo nome da quinta e que servia para quatro coisas: aquecer, servir
como forno propriamente dito, fazer de placa aquecida para cozinhar e servir de
esquentador para aquecer água.
Fascinado por este forno resolvi eu próprio construir
um idêntico, mas que acabou por ficar muito diferente, pois acabei por fazer
uma construção um pouco ao sabor da imaginação do momento, podendo, apesar das
grandes diferenças entre os dois fornos, considerá-lo como bem sucedido. De
resto, as minhas necessidades não eram as mesmas do autor do Fachongle
e, aliás, o próprio John Seymour aconselhava a quem se aventurasse a
construir um forno desses, que modificasse a sua conceção de acordo com as suas próprias necessidades.
OS MOINHOS DE VENTO DE POUSAFLORES
A ALDEIA DA TRÓIA
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