Este é o gerador de que já falei em um dos vídeos do meu
canal. Foi feito de um motor de máquina de lavar roupa e, na altura, fiz uma cobertura
para ele utilizando uma lata. Nos testes que fiz com esse gerador consegui
obter uma tensão bastante alta, mas com pouca amperagem. No entanto verifiquei
que esse gerador não precisava de rotações muito altas para acender um projetor
de ledes que funcionava com seis volts. Para fazer esse teste retirei as quatro
pilhas de 1,5 volts que ele tinha e liguei os fios do gerador a esse projetor.
Agora decidi fazer-lhe algumas alterações para que produza
mais amperagem com rotação muito baixa. Coloquei seis bobinas de motor de
esgoto de lava louças (são duas em cada conjunto), às quais cortei os ferros do
núcleo, junto aos enrolamentos de fio.
Coloquei pedaços de cartão em cima dos ímanes e depois
coloquei as bobinas de modo a que ficasse um espaço de cerca de dois milímetros
entre os ferros do núcleo e os ímanes.
Depois de já ter os três conjuntos de bobinas colocadas corretamente
fixei as bobinas ao corpo do motor, utilizando peças de metal que colei à parte
de cima do corpo das bobinas e fixei essas peças aos parafusos que estão fixados
ao corpo do motor. (É um pouco complicado de explicar todos os passos deste
trabalho, por isso quem estiver interessado em fazer algo igual ou parecido, aconselho
a que assista, o vídeo que fica no final do post.)
De seguida, colei uma chapa metálica em volta do motor para
que não entre para lá água. Depois de colocar a chapa apertei-a com dois arames
para que ficasse unida ao corpo do motor até que a cola secasse. Finalmente
coloquei uma espécie de telhado em cima das bobinas feito também com uma chapa
metálica que foi aparafusada aos parafusos da bobina central.
E depois chegou a altura de tratar de um processo um pouco
mais complicado, que foi colocar na torre do catavento um sistema de escovas
para que a energia do motor vá para as lâmpadas que irão ser colocadas nas pás
do cata vento.
Coloquei a rodear o bloco de rolamentos, onde gira o eixo da
turbina, um pedaço de tubo de pvc, onde apliquei duas tiras metálicas de cerca
de um cm de largura, onde as escovas irão girar, ligando assim eletricamente a
parte fixa do catavento à parte móvel, ou sejam as pás.
Procedi mais ou menos deste modo: de um tubo um pouco mais
largo recortei duas tiras de um cm e, por cima dessas tiras de pvc, colei as
tiras metálicas, sendo que as tiras de pvc entram à justa no tubo que rodeia o
bloco de rolamentos onde irá acoplar a turbina. De notar que nas tiras metálicas
já deixei um recorte onde irão ligar os fios vindos do gerador.
De seguida, coloquei a turbina no bloco de rolamentos e
também a polia. Esta polia é de diâmetro reduzido, porque o gerador gera a
baixíssima rotação, não necessitando de uma polia maior, porque, caso fosse maior,
teria o inconveniente de tornar o giro da turbina mais pesado. Com esta polia a
turbina irá girar com ventos fracos, mas com rotação suficiente para acender os
seis metros de fita de ledes, com 180 ledes, que irão ser coladas às pás da turbina.
E chegou a altura de colocar as escovas que são fixadas a um
dos parafusos de uma pá. Estas escovas foram retiradas de um alternador de
automóvel velho e têm um controlador de voltagem acoplado que não permite que a
voltagem ultrapasse os doze volts, mas isso será difícil de acontecer, a não
ser que ocorram ventos muito fortes e, de qualquer modo o controlador não ficou
ativo, apenas as escovas ficaram a funcionar.
Colei nas pás fitas refletoras e três peças refletoras de
rodas de moto nas pontas. Esses refletores e a fita irão fazer com que o cata
vento brilhe à luz do sol ou quando, durante a noite, alguma luz incida sobre a
turbina, mas a espetacularidade deste cata vento irão ser as suas pás a girarem
iluminadas durante as noites em que haja vento.
De seguida fiz a aplicação do motor ao tubo vertical do cata
vento. Ele foi seguro com uma barra de ferro que enroscou numa braçadeira
colocada no tubo central e também ficou agarrado ao braço do orientador. O
motor pode ser facilmente levantado e a correia retirada para que o gerador não
funcione durante o dia, visto que a máquina foi concebida para gerar energia
principalmente durante a noite, não descartando a hipótese de lhe poder vir a
aplicar uma bateria para ser carregada pelo gerador.
E chegou a altura de colocar o cata vento na torre...
O próximo trabalho foi colar as fitas de ledes nas pás do cata vento.
As pás são de um metro e levam fita nas partes da frente e de trás das pás, o
que significa que são seis metros de fita que contêm 180 ledes, no total.
Depois fiz a ligação dos fios das pontes retificadoras para
as tiras metálicas onde funcionam as escovas. Apliquei neste gerador três
pontes retificadoras porque a ideia inicial era que as três bobinas produzissem
energia em separado, mas isso tornou-se inviável porque obrigaria a que o
sistema tivesse também três conjuntos de escovas, o que seria, senão impossível
de concretizar, pelo menos muito difícil, pelo que decidi ligar as bobinas em
série, juntando assim a corrente das três bobinas em um único jogo de escovas.
Está a começar a anoitecer e já é possível ver as pás
iluminadas e também verificar que, de facto o gerador produz energia suficiente
para acender seis metros de fita de ledes a muito baixa rotação.
A noite caiu e agora é possível ver as pás bem iluminadas. É
possível ver, mas não como, isto é, na realidade porque, ao vivo, o efeito é
verdadeiramente extraordinário. O brilho das luzes é intenso e as cores são
nítidas o que, com as pás a girar, repletas de luzes coloridas, transforma este
cata vento em um verdadeiro espetáculo.
Este é um projeto único, nunca antes visto na Internet e os
estimados leitores deste post terão a oportunidade de verificar esse facto assistindo
os vídeos.
Video sobre a construção do gerador e sistemas de escovas
Vídeo sobre os trabalhos finais e funcionamento do gerador
Video sobre a construção do gerador e sistemas de escovas
Vídeo sobre os trabalhos finais e funcionamento do gerador
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