Quando, há quarenta e cinco anos atrás, adquiri a minha primeira bicicleta (uma velhinha pasteleira em segunda mão), este era o transporte utilizado pela maioria das pessoas, só ultrapassado por aqueles que utilizavam simplesmente as pernas para se deslocarem. Nesse tempo, a bicicleta era utilizada também no exercício de algumas profissões como carteiros, padeiros, GNR etc. Depois com a proliferação das motorizadas e mais tarde dos automóveis, foi perdendo importância como veículo de transporte, passando gradualmente a ser utilizada, principalmente, como equipamento de desporto e lazer. Hoje, salvo raras excepções, já ninguém a utiliza para fazer deslocações para o trabalho, nem que esse trabalho fique a poucos quilómetros de distância ou mesmo a apenas alguns metros e muito menos em deslocações profissionais.
Apesar disso a bicicleta não perdeu importância, apenas mudou a finalidade da sua utilização e, sobretudo aos fins-de-semana, é vê-las aos milhares por aí, não somente nas estradas alcatroadas, mas também em caminhos rurais e por montes e vales. Por toda a parte se encontram ciclistas em grupo ou isolados pedalando nos dois tipos de bicicletas mais conhecidas: as bicicletas de corrida e as BTT, estas últimas ainda de aparecimento relativamente recente, mas que agora são utilizadas praticamente por toda a gente.
As serras são, actualmente, procuradas para a prática de ciclismo de montanha e até em sítios onde raramente se via vivalma, se encontram ciclistas gozando o ar puro e as belas paisagens de zonas paradisíacas. As BTT têm vindo gradualmente a substituir as motos TT, o que traz imensas vantagens não só pela economia em termos de combustível que é, neste caso, de 100%, mas também pela ausência de poluição e pelos benefícios em termos de saúde dos praticantes.
A Serra da Lousã é um desses locais paradisíacos para onde se dirigem aos fins-de-semana, centenas ou até milhares de praticantes de ciclismo de montanha, seja para participar em provas, para treinos ou simplesmente para respirar ar puro e usufruir do sossego e das belas paisagens serranas, sem esquecer o exercício físico.
No passado domingo fui até lá mais uma vez, tendo-me deparado com uma prova de descida que estava a decorrer. Aproveitei para assistir ao espectáculo durante alguns minutos e captar algumas imagens.
Estas provas de descida realizam-se com bastante frequência na Serra da Lousã, o que é demonstrativo da expansão que este desporto tem tido nos últimos anos. Creio que este tipo de provas ainda é bastante recente, mas está a conseguir uma grande aderência de jovens de ambos os sexos, o que faz denotar o gosto pela aventura e adrenalina, condimentos que estão garantidos nos desportos radicais.
Um Centro de BTT, situado no Gondramaz. |
Na Serra da Lousã já foram construídas algumas infra-estruturas de apoio à prática do BTT, denominadas Centros de BTT das Aldeias de Xisto, estando a mais importante situada em Ferrarias de S. João, no concelho de Penela, de que já falei no blogue, mas existem outras, assim como muitos trilhos e caminhos propícios à prática deste desporto.
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Oi Amigo! =)
ResponderEliminarGosto dessas competições com bicicletas, costumo ver quando tenho oportunidade. Gostei da abordagem dessa postagem. Um divertido final de semana para voce, beijinho
Cintia
Boa tarde Amigo José Alexandre
ResponderEliminarÉ verdade, lembrar-me eu de que na minha juventude, antes de assentar praça na Armada, deslocava-me de bicicleta pelas ruas da minha cidade para fazer recados ao patrão.
Eu que aprendi a andar com uma pasteleira mais alta que eu, que metia a perna entre o quadro e tentava pedalar e equilibrar-me ao mesmo tempo.
Que caí vezes sem conta e me esfolei, para de seguida montar outra vez e continuar.
Que fui mandado parar pela polícia por não ter licença nem carta de bicicleta, e tive de a levar á mão até á loja do patrão.
E hoje, ao fim de 40 e tal anos, tive a desfaçatez de me montar na bike de um dos meus filhos e ir dar uma volta, e quando cheguei a casa, trazia o assento de tal modo empedernido que mais parecia que tinha andado com ele de rojo.
Isto não há dúvida que quando deixamos de fazer algo, tudo emperra e depois desculpamo-nos com o PDI.
Mas isto vem a propósito de que, daqui para a frente, vamos ter de nos preocupar mais com este meio de locomoção, barato e saudável, pois ao preço a que estão os combustíveis...ou a pedais ou á vela.
Um abraço e parabéns pela postagem.
Camilo
Boa noite amigo Camilo.
ResponderEliminarEntão esteve 40 anos sem andar de bicicleta! Não sabe o que tem perdido. Se morasse para os meus lados tinhamos que dar umas voltas juntos e levávamos o Ferrão conosco que lhe ia fazer bem.
Por falar nisso, aqui há tempos convidei o Ferrão para organizarmos um passeio de bicicleta para todos os membros do Núcleo de Marinheiros e ele ainda se riu, mas eu acho que seria óptimo. Tenho que lhe falar nisso outra vez.
Um abraço e obrigado por mais esta excelente participação no blogue.
José Alexandre