As férias chegaram ao fim e agora há que ter ânimo para enfrentar de novo o stress do dia-a-dia de trabalho que é, afinal de contas, isso que move o mundo. E nestes tempos conturbados, felizes são aqueles que ainda podem ter férias e um trabalho para retomar.
As minhas férias, em boa verdade, limitaram-se a um passeio de um dia a Lisboa, as umas voltas de bicicleta nos arredores da terrinha e a dois ou três mergulhos numa piscina. O resto do tempo foi passado a fazer umas carocas para ganhar mais uns cobres e alguns trabalhos de manutenção em casa, tendo aproveitado também para fazer pesquisas para futuras postagens no blogue, não na Internet, mas sim no exterior, em contacto com a natureza e com a realidade dos assuntos que irão constar nesses artigos.
Naquela altura as caixas de correio que se encontravam à venda eram quase todas feitas em metal, mas eu, talvez porque naquela altura trabalhava na construção civil, decidi que queria uma em cimento e feita por mim.
A ideia inicial era a de construir uma miniatura que se assemelhasse à minha própria casa e na qual as cartas seriam metidas por debaixo da porta, o que seria uma forma de manter viva a tradição da entrega da correspondência. Acabei por desistir dessa ideia porque iria obrigar a fazer uma caixa demasiado grande, o que acabaria por ser pouco estético.
Optei então por fazer pequenos blocos de cimento com as dimensões de 0,10x0,05x0,05, usando um molde para o efeito e utilizando cimento branco e areia. Depois fiz uma pequena placa de cimento para servir de base à casinha e então passei a fazer o assentamento dos blocos com argamassa de areia fina, tal como se estivesse a construir uma casa, tendo deixado, como é evidente, as aberturas para a entrada da correspondência e para a porta. Para a cobertura fiz previamente duas placas de cimento com 0,015 de espessura que foram assentes nas empenas em forma de V. Nessas placas colei umas pequeninas telhas que fiz utilizando cimento branco, tendo feito previamente um molde com um bocado de tubo de pvc. Poderia tê-las feito com barro mas optei pelo cimento devido à dificuldade que iria ter para efectuar a sua cozedura.
Naquela época havia uma grande procura de caixas para o correio e eu estive tentado a montar uma pequena indústria artesanal para fazer a sua produção para venda. Mas desisti por falta de tempo e, entretanto, começaram a aparecer caixas idênticas produzidas industrialmente, encontrando-se centenas delas por aí. Mas a minha foi das primeiras desse género e ficou nessa altura conhecida como “a caixa de pedra”, termo que era utilizado muitas vezes para ajudar os carteiros a encontrar o destino da correspondência.
No entanto para quem gosta do termo “faça você mesmo” é uma forma muito útil de gastar algum tempo e, de resto, os custos do material são insignificantes, havendo sempre a possibilidade de fazer a obra seu gosto, pondo à prova os seus dotes em arquitectura.
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Hoje, vou falar de mais um pequeno trabalho de construção civil que realizei, utilizando técnicas próprias, imaginado de forma a ficar o mais económico possível, mas seguro e durável. Trata-se de uma escada exterior em caracol, com treze degraus que fiz para dar acesso a um terraço e que ficou com um aspecto que considero agradável.
Esta escada apesar da sua forma complexa não é difícil de construir, nem fica muito dispendiosa, se não fizermos contas ao trabalho...
Esta escada apesar da sua forma complexa não é difícil de construir, nem fica muito dispendiosa, se não fizermos contas ao trabalho...
Hoje vou falar de mais um pequeno projecto caseiro, realizado na área da construção e que foge um pouco às regras habituais, visto tratar-se de um pequeno tecto feito com azulejos, o que não é muito vulgar...
Ah =D
ResponderEliminarficou bonitinha ela!
Gostei muito da sua ideia inícial, pena que não deu certo...seria bem interessante ter uma miniatura onde as cartinhas seriam colocadas por baixo da porta... adorei a ideia J. Alexandre!
José Alexandre, que aventura a sua para ir ao cinema!!!
ResponderEliminarQuando eu era pequena também não tinhamos tantos cinemas assim, e meu primeiro filme eu vi em um cinema até bem distante de minha casa, fui com uma turma de adolescentes vizinhos meus e também andamos quilómetros mas, te autobus ( é assim que se chama ônibus em sua terra? =) e metrô
( nosso subway) , nunca esqueço a minha primeira sessão, fui ver o filme E.T do Steven Spielberg, lembra?
Tenho certeza que já vi um filme de Giuliano Gemma alguma vez, mas não me recordo deles, sei dos tipos de filme que voce fala e tem razão, no Brasil eles são conhecidos mesmo como bang bang à Italiana enquanto que os de Hollywood era "Faroeste Americano".
Gostei do seu comentário , interessante saber como isso acontece na vida de cada um.
Excelente final de semana meu amigo!