Hoje
em dia quem vive no campo, independentemente da sua atividade principal, tem
necessidade de usar algumas ferramentas agrícolas motorizadas. Já lá vai o
tempo em que se cavavam grandes áreas de terreno à enxada ou se cortava a lenha
para o lume com uma serra manual. Neste último caso utilizam-se agora as
motosserras, sendo essa uma ferramenta indispensável na maior parte das casas e
que agora se vende a preços bem acessíveis, tendo em conta o trabalho que ela
produz. No entanto, uma motosserra mais barata pode não ser um bom negócio para
quem tenha de utilizar a máquina com maior frequência porque, como não pode
deixar de ser, em todas as ferramentas a qualidade é paga, mas, claro que quem
tenha necessidade de utilizar a máquina apenas para traçar uns paus para a
lareira durante algumas horas durante um ano, talvez não tenha necessidade de
fazer um investimento muito avultado, mas isso depende sempre da opinião e da
bolsa de cada um.
Motossera com autocolantes indicando ser o modelo MS660 da Stihl. As letras coladas no sabre começaram a desparecer após alguns minutos de uso. |
Vem
esta conversa a propósito de umas motosserras que andam por aí e que são adquiridas
como sendo da marca Stihl, a avaliar pelos autocolantes que trazem e que podem
induzir em erro as pessoas menos avisadas ou conhecedoras do assunto.
Recentemente, adquiri uma destas motosserras para a construção da minha cabana de troncos por um preço bastante acessível e suspeitei logo que a máquina não
tinha nada a ver com a Stihl, pois mesmo não sendo grande conhecedor desses
aparelhos, tudo nela aparentava alguma fragilidade que não parecia compatível com
a fama da marca. O vendedor era um particular que, segundo disse, a tinha
adquirido como sendo uma Stihl, mas que nunca a chegara a utilizar e que até
tinha perdido o manual do aparelho.
Perante
o baixo preço pedido pela ferramenta decidi-me a adquiri-la, mesmo com as
fortes dúvidas que tinha sobre a sua originalidade e assim que tive oportunidade
fui fazer algumas pesquisas, não sendo preciso procurar muito para verificar
que se trata de uma falsificação, saltando logo à vista, no site da Stihl, o alerta
sobre o assunto.
Mas,
na Internet, nos sites de compra e venda, são mesmo alguns vendedores que
alertam para essas falsificações e possivelmente agora já ninguém será enganado
adquirindo gato por lebre, pois a notícia dessas falsificações já está muito
espalhada e ninguém irá supor estar a comprar uma Stihl, modelo profissional,
por uns escassos cinquenta ou sessenta euros.
A
motosserra que eu comprei ostenta um autocolante com o nome da marca e
indicando que se trata do modelo MS 660. Ora, este modelo original da Sthil é
uma poderosa ferramenta desenvolvida para trabalhos profissionais intensos, com
91.6 cm3 de cilindrada, o que deita logo por terra qualquer hipótese desta se
tratar duma dessas máquinas e a única semelhança que elas deverão ter é a sua
cor de laranja.
Como
não tenho manual do aparelho, nem sequer sei qual á a cilindrada do motor que deve
ser bastante inferior aos 91.6 cm3 do modelo original e o pior é que se ele
avariar, dependendo do tipo de maleita, o mais certo é não ser possível a sua
reparação.
Quanto
ao funcionamento desta máquina até agora, não posso dizer que o dinheiro que
dei por ela foi mal empregue, pois o motor tem funcionado bem, apesar de ter
tido algumas dificuldades para o fazer arrancar pela primeira vez. No entanto,
para já, um importante componente do sistema teve de ser substituído o que
indica a sua fraca qualidade. Trata-se da lâmina ou como é normal dizer-se: da
corrente do motosserra. Este elemento da máquina parece ser de muito pouca qualidade
para um aparelho que queria copiar um modelo profissional e resistente com é o
modelo MS 660 da Stihl.
O
desempenho da corrente foi anedótico. Estava sempre a alargar e tinha de a
apertar com demasiada frequência. Tanto, que a dada altura já não havia
possibilidade de mais ajustes e tive de lhe mandar retirar dois elos para poder
continuar a usá-la. Depois disso continuou a alargar e a rosca de um dos parafusos
de aperto do sabre acabou por se moer. A qualidade do corte também não era
muita, para não dizer que era péssima e já estava a pensar em comprar uma
corrente nova quando essa decisão teve de ser abreviada, pois a corrente
partiu-se e saltou quando o motosserra estava a trabalhar ao ralenti. Para além
do prejuízo não é de excluir um possível acidente que poderia acontecer perante
tal facto.
A
casa que preparou a corrente nova fez esta com os mesmos elos que tinha a
velha, ou seja menos dois, do que esta tinha originalmente e o resultado é que
quando fui para a aplicar esta não cabia na máquina. Mais um contratempo que foi
solucionado com facilidade, mas fiquei a pensar que, se o resto do material com
que a máquina foi fabricada for da mesma qualidade da corrente não vou ter motosserra
para muito tempo para trabalhar.
Apesar
de tudo, perante o baixo preço a que se consegue obter uma destas máquinas, se
este for bem regateado, parece que não se pode dizer que não seja uma boa
compra, se o serviço a que elas forem destinadas for apenas ocasional e pouco
exigente.
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Concordo contigo. Comprei uma motosserra da marca Toyama que me decepcionou com o corte sem precisão e a necessidade de estar sempre afinado a corrente, mas resolvi o problema trocando a corrente original por uma de melhor qualidade.
ResponderEliminarTenho uma dessas stihl, quanto deste por ela?
ResponderEliminar70 euros, mas depois de a ter comprado tive conhecimento de pessoas que compraram a 40 euros.
EliminarBom dia eu encontrei uma moto Serra sthil 382 diferente
ResponderEliminarDo nodelo que eu conheço existe modelo diferente ou não.