Nunca
me tinha preocupado com a chaminé da minha lareira, até que um dia, alguém que
passava na rua, bateu à porta para me avisar de que a chaminé estava a arder.
Eu estava dentro de casa e não me tinha apercebido de nada, mas, já na rua,
verifiquei que, efetivamente, saíam algumas labaredas da chaminé. Fiquei
indeciso sobre a atitude a tomar, se deveria ou não chamar os Bombeiros ou se
deveria, eu próprio, tentar apagar o fogo que grassava no interior da chaminé
recorrendo à mangueira do jardim, uma vez que o telhado não é muito alto, pois
trata-se de um rés-do-chão.
Não
cheguei a fazer nada porque as labaredas começaram a diminuir, o que me fez
acreditar que o fogo estava a extinguir-se. Por outro lado, a lareira tinha a
proteção metálica contra faúlhas colocada e não deveria existir perigo do fogo
passar para o interior da habitação. Aquela chaminé tinha sido construída cerca
de uma dezena de anos atrás, nunca tinha sido limpa e, naturalmente, tinha-se
acumulado alguma fuligem no interior, agarrada às paredes. Tinha sido
construída por mim, com tijolos, e lembrava-me de que tisna tentado não deixar
rebarbas de cimento nas juntas, isto é: tinha feito o possível por deixar o
interior o mais liso possível, mas naquele momento fiquei a saber que isso não
era suficiente para impedir a acumulação de fuligem e o perigo de um incêndio.
Esse
incidente aconteceu há quatro anos atrás e de então para cá todos os anos, no
outono, antes de acender a lareira pela primeira vez, procedo à sua limpeza. Talvez
não fosse necessário fazer esse trabalho todos os anos, mas na verdade a minha
chaminé não é difícil de limpar e essa operação não envolve qualquer tipo de
despesa. Com uma vara de cerca de seis metros de comprimento e um bocado de
carqueja, faço uma vassoura para enfiar na chaminé. A carqueja é uma planta do
mato, bastante rija e que se presta perfeitamente para o trabalho, não sendo
necessário mais nada.
Convém tapar bem a boca da lareira para não sair o pó para fora |
Para
realizar esta tarefa, procedo em primeiro lugar à vedação hermética da entrada
da lareira para que a fuligem e o pó, principalmente, não saiam para fora.
Depois é só subir ao telhado, tirar a cobertura da chaminé e enfiar o
“vassourão” por ali abaixo, Como esse instrumento improvisado tem um diâmetro
de rama superior ao da chaminé, faz pressão contra as paredes, fazendo descolar
a cair a fuligem. Claro que é necessário manobrar o “vassourão”, fazendo-o descer
e subir algumas vezes para que as paredes fiquem bem limpas, mas, tirando o
facto da dificuldade de trabalhar em cima de um telhado, a tarefa é muito fácil
de realizar.
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Hoje, vou falar de mais um pequeno trabalho de construção civil que realizei, utilizando técnicas próprias, imaginado de forma a ficar o mais económico possível, mas seguro e durável. Trata-se de uma escada exterior em caracol, com treze degraus que fiz para dar acesso a um terraço e que ficou com um aspecto que considero agradável.
Esta escada apesar da sua forma complexa não é difícil de construir, nem fica muito dispendiosa, se não fizermos contas ao trabalho...
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Pois não é que temos toda sorte de coisas, ou queremos ter mas, não pensamos nunca na manutenção? É assim com tudo caro amigo, e, só nos damos conta da complicação quando a coisa toda já esta em curso. Acho que é fato comum, afinal ninguém compra um carro, por exemplo, pensando na manutenção dele em algum tempo, tenho certeza que ninguém edifica uma chaminé pensando na limpeza do duto também ...
ResponderEliminarMuito interessante sua publicação porque, voce dá um alerta, tenho certeza que vai ajudar muita gente !
Tenha um inverno quentinho meu amigo ;)
Beijinhos de sua amiga Cintia
Olá minha amiga, Cintia
EliminarTem razão, só nos lembramos de que é preciso fazer manutenção às coisas quando algo acontece. Mas a Cintia tem sorte porque aí onde vive provavelmente não necessita de lareira. Mas, por outro lado, é bom quando está frio estar junto ao lume e se não existissem chaminés por onde é que o Pai Natal trazia as prendas?
Não sei se conhece, mas aqui em Portugal, antigamente dizia-se às crianças que o Pai Natal descia pelas chaminés...
A amiga desejou-me um inverno quentinho e eu desejo-lhe um verão fresquinho... é engraçado como estamos tão perto e tão longe, simultâneamente...
E já agora, porque não, aproveito para lhe desejar também um Bom Natal, afinal já falta pouco mais de um mês...
Beijinhos.