Construção de uma bomba eólica - roldanas e canalização

 2 – Roldanas e canalização


Tirei os raios a uma roda velha de bicicleta e fiz um cubo de um pedaço de tubo de alumínio no qual fiz quatro furos, porque são apenas quatro raios que vou aplicar na roda. Esses raios são pedaços de ferro roscado de 6 mm. Esse ferro é inox, porque todos os componentes da roldana submersa têm que ser de material não corrosível pela água.

Os raios foram aparafusados ao cubo e também ao aro da roda e tudo teve que ficar bem centrado para que a roda não ficasse empenada.

Dentro desse cubo irá ficar um tubo também em inox que irá servir para aí ser enfiado o eixo, eixo que escusado será dizer, também é anti corrosão e ficará embutido em cimento dentro do cubo. 


Uma roda destas, anti corrosão é muito simples de fazer. A única dificuldade deste trabalho é fazer com que tudo fique bem centrado com a roda bem alinhada e desempenada, para que tudo vá funcionar nas devidas condições.


A roda que irá servir de polia de transmissão para a roldana submersa, através da corda da bomba, é uma roda de bicicleta do mesmo tamanho do aro da roda submersa e esta é de uma roda traseira porque ela vai trabalhar com o carreto (catraca), para que a turbina só rode em um sentido. Retirei as caixas das esferas do interior do cubo desta roda para que aí entre o eixo da turbina que é de 20mm de diâmetro. Apliquei nesta roda, tal como também na submersa, um pedaço de meio tubo flexível para proteger a corda e também para que esta não salte para fora.



A roldana já está na torre do catavento e, na segunda imagem, está o tal sistema que já mencionei e que vai impedir que a turbina rode ao contrário, porque isso não pode acontecer uma vez que a bomba só pode trabalhar em sentido único.



Nestas imagens, estou a fazer a aplicação da roldana submersa no pequeno tanque subterrâneo. Fiz um buraco na parede do tanque e depois chumbei aí o eixo que, neste caso, é um pedaço de tubo de cobre que entra à justa, mas com uma pequena folga, no interior do tubo que ficou embutido no cubo da roldana.

Para fazer esta operação coloquei uma linha com pesos nas pontas, pendurada na roldana superior, para que a roda submersa fique perfeitamente alinhada. A roldana fica a trabalhar junto ao fundo do tanque e afastada apenas alguns centímetros da parede, aliás, esse afastamento pode ser regulado, uma vez que o eixo permite isso e a roda fica a girar livremente, ficando com uma abraçadeira de cada lado para que não saia do seu lugar e se mantenha sempre alinhada com a roda superior.

Depois preparei o tubo da bomba que é de ¾. Aqueci uma das pontas para que alargue um pouco e para que a corda com as borrachas entre no tubo sem entraves.



De seguida arranjei um pequeno depósito que irá ficar colocado no cimo do tubo por onde sobe a água. Esse depósito tem a finalidade de não deixar que a água salte para fora e ao mesmo tempo permitir que, caso a bomba esteja a puxar muita água e o tubo de escoamento não dê vazão, que alguma água fique aí depositada em espera até que finalmente saia pelo tubo. Fiz este componente para a bomba utilizando um vaso ao qual fiz dois furos: um no fundo e outro lateral. O do fundo é para aí entrar o tubo da bomba e o lateral é para o escoamento da água.

O fundo deste depósito foi coberto com cimento e aí ficou já metido um pedaço de cano onde o tubo da bomba irá entrar à justa.

A saída lateral é de uma polegada e a água descerá por um tubo que irá ligar a um outro cano subterrâneo e subirá para o depósito por gravidade.


Fiz a aplicação do pequeno depósito ao tubo da torre do catavento, através de abraçadeiras e pedaços de ferro roscado de 8 mm. De salientar que já tinha deixado no vaso um desses ferros que ficara chumbado no cimento do fundo. Na parte superior do vaso coloquei outro pedaço de ferro que foi aparafusado.


E já estou a colocar o tubo da bomba enfiando a ponta no vaso e depois ligando-o ao tubo da torre também com abraçadeiras e ferro roscado de 8 mm.

O cano da bomba tem de ficar colocado de modo a que a corda ao sair da roldana submersa entre nele sem entraves e por isso é que a ponta do fundo foi alargada.


Depois enfiei um fio com um peso na ponta, dentro do tubo para que depois com esse fio puxe a corda para cima. Essa corda que estou a utilizar é uma corda de estendal de roupa, impermeável e muito resistente. Quanto às borrachas foram compradas, são daquelas borrachas das torneiras que já têm um furo ao centro e entram com uma ligeira folga no tubo de ¾.


Nesta imagem estou a atar a corda, que vai ter que ser cortada porque está um pouco comprida, mas isso era inevitável, porque o mau era se estivesse curta.

Depois fiz um primeiro teste da bomba. Fiz rodar o sistema à mão para ver se está tudo ok e, felizmente, parece que sim, tudo estava a rodar sobre esferas.


Nesta imagem estão a ver o fundo do vaso por onde vai sair a água. Aquelas marcas brancas é cola vedante que apliquei junto às paredes do vaso e dos tubos.


De seguida, coloquei o tubo de pvc de uma polegada, por onde vai descer a água e que foi ligado a um outro tubo que está debaixo da terra e que segue para o depósito.

Este cano foi unido ao tubo da bomba, também com abraçadeiras, para que o conjunto fique seguro e alinhado.

Depois dei uma pinturazinha para que este engenho caseiro fique, tal como todos os outros que tenho feito, com um design limpo e agradável.

Para terminar e, antes da colocação da turbina, fiz um último teste, agora já com água no tanque, para confirmar que tudo estava bem.


3 - Turbina e colocação em funcionamento

1 - Construção do tanque subterrâneo

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