CONSTRUIR A PRÓPRIA CASA - Como resolver problemas na canalização

Todos nós já alguma vez tivemos e sempre viremos a ter problemas na canalização das nossas casas. Pelo menos de uma torneira avariada, do autoclismo a verter para a sanita ou um entupimento no esgoto do lava-mãos ninguém se livra. Todos esses contratempos são de fácil resolução e, normalmente, todos somos capazes de os resolver. O pior são os problemas de maior vulto, como uma rotura num tubo da água que está embutido numa parede, debaixo do chão de ladrilhos ou até entupimentos nos canos de esgoto que não se conseguem solucionar recorrendo aos métodos habituas. Quando isso acontece é necessário recorrer a soluções drásticas, como a quebra de azulejos e mosaicos que, para além de arrelias naturais, significam muito trabalho e prejuízo económico.

Na minha casa no que a canalizações diz respeito já aconteceu de tudo um pouco. De entre os vários problemas que surgiram destaco os seguintes:

MUROS DE GABIÃO

Um muro de gabião em construção.
Os muros em gabião ainda são um método de construção relativamente recente em Portugal. No entanto, esta é uma tecnologia centenária que foi desenvolvida no final do século XIX pelos italianos, com o objectivo de proteger a margem de um rio perto da cidade de Bolonha. Na altura a solução adoptada foi de encher uma simples rede de aço, em forma de sacos, com uma pedra britada que se encontrava relativamente perto do local objecto da intervenção.
Na realidade a ideia surgiu copiando o que os soldados faziam nas batalhas que na segunda metade do século XIX abalaram um pouco toda a Europa. Os soldados enchiam, perto das trincheiras, cestos de vime com terra. Um sistema rápido e eficaz para se protegerem dos tiros da artilharia inimiga. Infelizmente a facilidade e rapidez de execução não permitiram, a esta técnica, posteriormente utilizada na obra de Bolonha, de se impor como definitiva. Ou seja, as obras em gabiões foram consideradas durante muito tempo como obras provisórias ou de recurso.

A CRUZ DA ORDEM DE CRISTO


A Cruz da Ordem de Cristo tem sido desde a época dos descobrimentos um dos mais importantes símbolos nacionais, embora a sua origem seja ainda mais remota. A cruz vermelha de hastes simétricas, com uma cruz branca sobreposta, era o símbolo da Ordem Militar de Cristo, fundada por D. Dinis em 1317, na sequência da extinção da Ordem dos Templários.

Com efeito a Cruz de Cristo, adornava as velas das caravelas que exploravam os mares desconhecidos e durante o reinado de D. Manuel, devido à intensa actividade marítima, a bandeira da Ordem de Cristo foi frequentemente usada como pavilhão naval português, pois esta era grande Ordem ligada às viagens de expansão.

CRIAÇÃO DE GALINHAS


Há alguns anos atrás não havia ninguém que vivesse numa aldeia do campo que não tivesse o seu galinheiro, fosse para criar frangos para carne ou galinhas poedeiras para que houvesse sempre ovos de boa qualidade. Hoje em dia já não é bem assim, pois os modos de vida têm sofrido grandes alterações e, seja porque as pessoas não tenham tempo para perder com essa ocupação, ou porque nos hipermercados encontramos frangos prontos a cozinhar ou mesmo prontos a comer e também ovos a preços que nos fazem pensar se vale a pena o esforço, muita gente desistiu dessa atividade.

Quando idealizei a minha chácara fiz a construção de um galinheiro onde cheguei a ter uma razoável quantidade de galinhas e outras aves como patos, pombos e rolas. Esse galinheiro tinha uma parte coberta com cerca de 12 m2 para abrigo das aves e uma área descoberta, mas toda vedada com rede de arame entrançado nas partes laterais e com rede de vinil, daquela que é usada em rebocos, por cima. Esta área, com a sua vedação integral, permitia que os pombos e as rolas voassem dentro do recinto que tinha aproximadamente 80 m2 e impedia a entrada de aves de rapina ou de outros animais predadores que viessem atacar a criação.

ENTREVISTA A UM APOSENTADO DA FUNÇÃO PÚBLICA

O “Meio Século” teve conhecimento de que o senhor José dos Santos, o funcionário público a quem a nossa equipa de reportagem fez uma entrevista acerca de um ano e que, na altura, se encontrava à espera da sua aposentação, já se encontra sentado no enorme banco dos reformados deste país. Resolvemos por isso enviar a nossa equipa de reportagem novamente ao seu encontro para saber como é que ele se está a adaptar à sua nova situação.

Segue-se o relato dos nossos repórteres:

Rumámos à aldeia do senhor José a um sábado logo pela manhã, cedinho, para ver se ainda o apanhávamos em casa não fosse o homem, que é um viciado em agricultura, estar já na sua horta e obrigar-nos a molhar os pés nas ervas cobertas de orvalho para ir ao seu encontro.

HISTÓRIA DOS MOINHOS DE VENTO AMERICANOS

Um moinho a necessitar de recuperação. O seu aspeto
decadente entristece a paisagem.
Estamos numa época em que as contas com os preços da energia elétrica e dos combustíveis fósseis atingem níveis elevadíssimos, não sendo de estranhar, por isso, que estejam a ser procuradas novas formas de fazer mover equipamentos e máquinas, utilizando energias alternativas que podem ser de mais baixo custo ou até gratuitas em alguns casos, como sejam as energias solar e eólica.

A utilização da energia eólica para fazer rodar os moinhos que faziam a trituração dos cereais, já vem de há muitos séculos atrás e esse termo: "moinho" deriva do latim molinum, de molo, que significa moer, triturar cereais ou dar à mó. No entanto, hoje em dia, chama-se moinho não só a esses engenhos de moagem de cereais, mas também a outros sistemas movidos pelo vento, como as bombas eólicas e também as grandes e modernas torres que transformam a força do vento em energia eletrica, destinada a ser utilizada para os mais diversos fins. Essa designação deverá estar incorreta, uma vez que esses equipamentos não se destinam a fazer a moagem do que quer que seja.

Trabalhos escolares sobre o 25 de Abril

Recentemente fui procurado por um grupo de estudantes do ensino básico para falar um pouco sobre a revolução dos cravos. Estes estudantes estão a fazer um trabalho sobre esse tema e esse facto veio recordar-me que não tarda nada está aí mais um aniversário, o 39º, desse dia histórico.

Naturalmente, nesta altura, uma vez que estamos a menos de dois meses dessa data, muitos estudantes estarão a fazer trabalhos escolares sobre o 25 de Abril, para a disciplina de História. Não sei se alguns desses estudantes chegarão até ao blog e lerão este post, mas mesmo assim deixo aqui os links para alguns artigos que escrevi sobre o 25 de Abril. Alguns desses artigos são relatos feitos na primeira pessoa sobre o modo como vi e vivi os acontecimentos da época. Todos os estudantes poderão utilizar esses artigos livremente como matéria de pesquisa e estudo, se entenderem que esses documentos têm valor para isso.




Os cães de Rafeira II - A doença de Rex

Rex, o chefe da comunidade canina de Rafeira.
Olá caro leitor! Antes de ler esta história e para uma melhor compreensão dos factos aqui narrados, considere fazer primeiro uma visita aos cães de Rafeira I – Os cães amigos dos ciclistas, para conhecer o Rex, regressando depois a esta página, onde verificará como é que um simples e minúsculo mosquito pode destruir uma vida canina, provocando uma doença crónica chamada leishmaniose a um cão que parecia “vender saúde”, como é costume dizer-se quando alguém que parece ser muito saudável, adoece de repente, inexplicavelmente…

Rex sentia-se esquisito. Já há algum tempo que se “levantava” tarde e quando o fazia não lhe apetecia sair para a rua e só o fazia porque, como chefe da comunidade canina de Rafeira, tinha de marcar presença para manter a matilha em respeito. Desconfiava que Diablo andava a tentar subverter os companheiros para que atacassem novamente os humanos montados nas máquinas esquisitas. Para além de Rex, Homero e Rafa eram os únicos cães da aldeia que conseguiam impor respeito a Diablo, mas estes estavam tão velhos que já mal conseguiam andar. Os restantes companheiros eram ainda muito novos e incapazes de discernir entre uma boa e uma má ação.