COPIAR O TRABALHO DOS OUTROS

A página mais visitada deste blogue é, claramente, “Gerador Eólico Caseiro”, que trata da construção, que eu próprio fiz, de um pequeno aerogerador que se destinava à produção de energia eléctrica, para consumo numa pequena propriedade rural, de que já aqui falei num artigo com o título “A minha chácara”. Conforme deixei bem expresso, essa maquineta não teve o sucesso que esperava devido ao tipo de gerador utilizado: um alternador de automóvel. Aliás um dos motivos desse post foi exactamente alertar para esse facto, uma vez que os alternadores eram apontados como uma boa opção para o fabrico de um pequeno aerogerador caseiro. Mas o facto de se tornarem muito pesados quando entram na fase de produção de energia, tornam praticamente inviável a sua utilização, a não ser que sofram alterações técnicas de funcionamento, de que não quero estar a falar porque não tenho conhecimentos suficientes para isso. Por esse motivo parei com esse projecto, mas tenho intenção de o retomar, quando tiver tempo disponível, talvez com a substituição do alternador por outro tipo de gerador.

COMEMORAR ABRIL EM CARRINHOS DE ROLAMENTOS


Uma "chaimite" original
Ontem, integradas nas comemorações do dia da revolução, decorreram várias actividades por aqui, das quais destaco uma corrida de carrinhos de rolamentos que teve o seu percurso entre Senhor da Serra e Semide, no concelho de Miranda do Corvo. De realçar também o facto de muitos carrinhos estarem decorados com motivos alusivos a este dia, a fazer lembrar que, felizmente, o espírito de Abril continua bem vivo.

25 de ABRIL DE 1974 - VIAGEM AO PASSADO


Homenagem do "Meio Século" aos militares de Abril

Naquela madrugada de Abril,
Os soldados saíram à rua.
Eram comandados por um capitão valente,
E seus ideais eram nobres.
Isso ninguém desmente.

O nome desse capitão era Fernando,
Maia o apelido,
Esse homem já nos deixou,
Mas jamais será esquecido!

FILHOS DA ESCOLA DE JANEIRO DE 1970

O artigo que escrevi com o título “O Fim do Grupo nº 1 de Escolas da Armada” é um dos grandes sucessos deste blogue, uma autêntica “Página do Marinheiro”. Apesar de não ser a página com maior número de visitas é a que reuniu, até hoje, o maior número de comentários e tem servido de ponto de reencontro e elo de ligação entre alguns Filhos da Escola e camaradas que se conheceram ao serviço da “Briosa”. Como administrador do blogue e antigo marinheiro este facto deixa-me muito satisfeito e largamente recompensado pelo esforço dispendido na manutenção do “Meio Século”.

Um exemplo de reencontro entre antigos camaradas são o Cabo M 196/70, Eduardo Camilo e o Sarg. 522/74, Francisco Ferrão, que estiveram juntos no N.R.P. Hermenegildo Capelo, há mais de três dezenas de anos e que agora estão novamente em contacto graças aos comentários que deixaram nas páginas deste blogue.

A BICICLETA


Para mim, a bicicleta foi uma das grandes invenções da humanidade. O homem sempre teve necessidade de se movimentar e, para isso, inventou ao longo dos tempos vários modos de locomoção que foi aperfeiçoando, tendo sempre em vista uma maior rapidez e conforto nas suas deslocações. Os vários tipos de transporte foram evoluindo e as bicicletas não fugiram a essa regra, tendo essa evolução chegado ao ponto de se construírem bicicletas movidas com a ajuda de motores eléctricos ou de explosão. No entanto, para mim, a bicicleta continua a ser um veículo que se movimenta através de pedais, pelo utilizador, e que assim continuará, por muito que se modernize, e será bom que assim seja pois o seu uso em detrimento de veículos motorizados será sempre agradável para o futuro do planeta. A bicicleta poderia e deveria ser mais utilizada em pequenas deslocações, o que seria muito benéfico para todos, bastando para isso deitar para trás das costas um certo comodismo que nos faz fazer deslocações de poucos quilómetros ou até de metros, utilizando o automóvel.

Uma bicicleta pasteleira de travões
de alavanca
Nos meus tempos de criança havia muito poucos automóveis a circularem nas ruas. Por isso, podia-se jogar à bola ou andar de bicicleta sem perigo de atropelamentos. Ainda não se fabricavam, ou não estavam difundidas no meu meio, bicicletas para crianças e, por isso, eu e os meus amigos utilizávamos por vezes, sem autorização e à socapa, as dos nossos pais. Como eram muito altas e não conseguíamos chegar com os pés aos pedais, aprendíamos a andar pedalando com uma perna metida por entre o quadro, o que era um exercício bastante difícil e até perigoso e que originava algumas quedas.

A minha primeira bicicleta foi comprada em segunda mão e custou 400$00 (quatrocentos escudos). Era uma pasteleira marca “Vouga”, de roda livre, sem mudanças e era de travões de alavanca. Nessa altura a maioria das pasteleiras tinham esse género de travões; no entanto, nessa altura, começavam a aparecer cada vez em maior número as bicicletas equipadas com travões de espia que eram, de facto, mais eficientes. Também os sistemas de mudanças que ainda eram pouco vistos em bicicletas pasteleiras, pelo menos na minha região, começaram a ser difundidos, sobretudo as chamadas mudanças ao cubo, pois era no interior do cubo da roda traseira, que por isso era algo volumoso, que funcionava um mecanismo que fazia as alterações na força a empregar aos pedais. Estes sistemas tinham três velocidades e nós costumávamos dizer que a 1ª era para subir, a 2ª para terreno plano e a 3ª para descidas. Um dado curioso é que, ao contrário do que acontece com as mudanças actuais (sistemas externos), em que as mudanças são engrenadas a pedalar, nas mudanças ao cubo era necessário interromper a pedalada para mudar de velocidade.

Naquela altura, antes da aquisição das nossas primeiras bicicletas de corrida, começamos a fazer uma autêntica revolução nas pasteleiras, tentando tirar-lhe aquele ar pesado e demasiado sóbrio, passando a despi-las dos guarda-lamas, guarda-correntes, porta-bagagens e outros acessórios que considerávamos completamente inúteis. Com a intenção de as tornar mais leves alguns chegavam até ao ponto de lhes tirar o dínamo e os faróis!

Na altura era obrigatório ter licença de condução de velocípedes (carta) para circular na estrada e também pagar o imposto de circulação. Recordo-me que quando comecei a usar a minha primeira bicicleta ainda não tinha a carta e, um belo dia, ou melhor numa bela noite (pois lembro-me que foi de noite) fui apanhado pela G.N.R., que me aplicou uma multa de cinquenta escudos. Parece pouco, mas naquela altura 50 “paus” era muito dinheiro e tive dificuldades em arranjar essa importância para fazer o pagamento da multa.

Entretanto já passaram mais de quatro décadas, mas as bicicletas continuam a fazer parte da minha vida. Actualmente tenho três ao serviço: uma BTT, para circular em estradas de terra e serras; outra, de rodas muito finas para viagens mais longas e estradas com bons pisos e uma terceira que serve para pequenas deslocações entre a minha casa e a chácara, deslocações dentro da vila e para ir às compras e fazer transporte de pequenas coisas.

Como em dias de chuva, é necessário um grande amor à modalidade para a praticar, adquiri em tempos uma bicicleta de ginástica onde pensava praticar ciclismo dentro de casa, evitando o desconforto dessa prática em dias típicos de inverno. No entanto nesta bicicleta não “percorri” mais de duas ou três dezenas de quilómetros, devido à monotonia deste desporto praticado dessa maneira. A verdadeira essência do ciclismo é a estrada, a natureza, o ar puro das montanhas, são os cabelos ao vento, o rosto fustigado pela chuva, é a verdadeira aventura e toda a adrenalina que isso representa.

Travões de disco
Travões V-Brake. Qual a melhor opção?
Devo dizer que sou eu que faço a manutenção e reparação das minhas bicicletas e que sempre adquiri modelos baratos, não só pela vantagem do preço inicial, mas também pelos custos de manutenção pois as peças das bicicletas de preços mais altos são também mais caras, como é lógico, o que pode tornar a prática do ciclismo um pouco dispendiosa. Apesar disto a última bicicleta todo-o-terreno que adquiri é uma excepção pois foi um pouco mais cara e isto aconteceu devido ao facto de me ter iludido um pouco com os novos sistemas de travões de disco usados nas bicicletas BTT. Um pouco erradamente pensava que estes sistemas seriam sinónimo de ter bons travões e portanto mais segurança, no entanto, após dois anos de utilização desta bicicleta, verifico que não é bem assim. É certo que têm algumas vantagens, a começar pelo facto de não desgastarem os aros da roda, e esta foi a principal razão pela minha opção por este sistema, pois nos travões V-Brake se não houver cuidado na substituição atempada dos calços, se o ferro dos mesmos atingir a roda, é certo que o aro é depressa destruído. Isto mesmo me aconteceu em várias rodas, portanto é recomendável vigiar os calços de modo a substitui-los antes das partes de ferro ou alumínio atingirem o aro.
Uma das grandes desvantagens dos travões de disco é, sem dúvida, o preço das pastilhas, que rondam os 15 euros ou mais cada par, dependendo do modelo. Em relação à qualidade da travagem, também não sei, não… É certo que isso pode depender de alguns factores, como o desgaste das pastilhas, o seu aquecimento e outras. Mas a experiência diz-me que os travões V-Brake quando bem afinados levam vantagem não só na qualidade da travagem, mas também no preço. Já me aconteceu em algumas descidas de montanha, mais acentuadas, ter de descer da bicicleta devido a não conseguir, com os travões, limitar o seu andamento. Devo dizer que estou a falar de travões de disco mecânicos (não hidráulicos) e que isto é apenas a minha opinião, que dou, baseada na minha experiência pessoal.

A respeito de bicicletas tenho muito para contar, mas tem que ficar para outra altura, porque afinal isto é um blogue, não um livro!

Artigos relacionados:
A bicicleta como instrumento de trabalho
Ferrarias de S. João - Centro de BTT
BTT na Serra da Lousã



FALANDO DE AGRICULTURA



Esta semana o tempo tem estado óptimo, com um sol radioso, sendo agora a altura ideal para se iniciarem as sementeiras. O verde dos campos irá  dar lugar ao tom castanho das terras lavradas e embora já não seja como antigamente, ainda se nota a azáfama, própria desta época, com muitas pessoas a fazerem o amanho dos seus terrenos. Chegou a altura de, no “Meio Século”, falar um pouco de agricultura.

A REVISTA DA ARMADA ATRAVÉS DOS TEMPOS


Com este número a Revista completava cinco anos de vida. Pela Nota de Abertura se pode constatar a importância que ela já tinha para todo o pessoal da Marinha.

A MINHA MOTO-ENXADA


De todos os equipamentos domésticos que utilizo há um que é o meu preferido porque, além de produzir um trabalho muito útil, faz com que quebre uma certa rotina entediante, pois o seu uso é sempre ao ar livre e em contacto com a natureza. Trata-se de uma moto-enxada com reboque que utilizo para fresagens de terrenos agrícolas, para fazer sementeiras e para transporte de lenhas e dos mais diversos produtos.

VISITA PASCAL

Na minha terra ainda se mantém a tradição da Visita Pascal. Há alguns anos atrás a visita a todas as casas da freguesia era feita pelo próprio pároco, o que obrigava a que a alguns lugares apenas recebessem a visita, quando já estavam passadas algumas semanas após a Páscoa.