CONSTRUIR A PRÓPRIA CASA - Construção de um arco de estilo românico

Hoje, vou falar de mais um pequeno projecto caseiro, que realizei com a finalidade de embelezar a entrada da minha casa. Trata-se de um arco a que tentei dar um ar de arquitectura  românica, não sabendo muito bem se o consegui, mas acho que ficou com um bom aspecto visual.

A Evolução dos Equipamentos e Sistemas Técnicos

Motoman, o robot cozinheiro.
A grande evolução dos equipamentos e sistemas técnicos tem revolucionado o modo de vida das pessoas de tal modo que, hoje, seria impensável sobreviver, a nível profissional, sem computadores, telefones e outros sistemas de comunicação. Mas, em contexto privado, quem é que iria passar sem telemóvel ou sem televisão? Claro que tudo isto pode ser muito bom mas também tem os seus efeitos nefastos. Por exemplo: quantos empregos é que já se perderam em virtude da modernização dos equipamentos em muitas fábricas?

A Cascata da Pedra da Ferida

A cascata
Hoje vou continuar na zona do Espinhal, concelho de Penela, para falar de um local muito bonito, óptimo para quem gosta de estar em contacto com a natureza e apreciá-la em todo o seu esplendor. Trata-se da Cascata da Pedra da Ferida, uma queda de água de cerca de vinte e cinco metros, em plena rocha, numa ribeira que desce a serra, rodeada por encostas abruptas e muita vegetação.

AS OBRAS DO DR. BACALHAU, NA SERRA DO ESPINHAL


O edifício principal das "Obras do dr. Bacalhau, construído na década de 60, onde decorreram os festejos da inauguração há mais de quarenta anos.
Foi há cerca de quarenta anos que foi “inaugurado” um empreendimento na Serra do Espinhal, que ficou conhecido como “As Obras do Dr. Bacalhau”. Lembrei-me hoje disso porque foi no mesmo dia em que decorreu a romaria da Nª Senhora da Piedade na Lousã. Como esta se trata de uma festa móvel não terá sido exactamente neste dia, mas foi por esta altura.

MARINHA DE GUERRA - CURSO DE ABASTECIMENTO

O símbolo da classe de
Abastecimento
No dia 4 de Abril de 1972, após duas semanas de descanso na terra para recuperar das vicissitudes da recruta, regressei a Vila Franca para iniciar a aprendizagem na especialidade de Abastecimento.

Devo confessar que as recordações deste período da minha vida militar não estão tão vivas na memória, quanto as da recruta, talvez porque a partir desta altura se passou a uma fase mais rotineira e teórica do serviço.

Logo no início de Abril surgiu a única situação um pouco diferente, quando fui chamado a fazer parte do Batalhão que foi prestar honras militares ao então Presidente da República, Almirante Américo Tomás, quando este se deslocou ao Brasil, na altura em que foram trasladados para esse país os restos mortais do rei D. Pedro I. Não me recordo de grandes pormenores sobre o acontecimento e julgo que o pessoal que integrou esse Batalhão o terá sido, talvez, pela prática recente de exercícios de Ordem Unida, adquirida na recruta.

O CASTELO DE GERMANELO

Painel informativo à entrada da estrada de acesso ao castelo
Hoje fui ao castelo de Germanelo. Vou lá imensas vezes, pois é um óptimo sítio para ser visitado de bicicleta, podendo-se subir o monte e andar por ali praticando BTT, pois existem vários percursos em redor do castelo muito bons para a prática desse desporto. Para quem não saiba o castelo de Germanelo fica no concelho de Penela, bem perto da vila do Rabaçal, famosa pelos seus queijos.

AS SANDÁLIAS DO PESCADOR OU A MINHA PRIMEIRA IDA AO CINEMA

Hoje vou começar a falar de cinema aqui no “Meio Século”. Ou melhor, vou recordar os tempos da minha juventude quando ia ao cinema, porque, na verdade, nos últimos trinta anos podem-se contar pelos dedos de uma mão as vezes em que assisti a uma sessão. E eu que gostava tanto de cinema! Mas quando ainda somos novos existem sempre condicionantes que nos impedem de fazer aquilo de que gostamos e com o passar dos anos já começa a ser difícil retomar hábitos antigos.

Fui ao cinema pela primeira vez quando tinha cerca de treze anos. Vivi uma autêntica aventura nessa noite, pois na minha terra não havia sala de cinema e para assistir a um filme era necessário fazer uma deslocação de cerca de 12 Km. Como andava em “pulgas” para ver um filme no cinema, resolvi ir sozinho, de bicicleta, tendo saído de casa enfrentando uma noite escura de inverno. Ainda não ia a meio do caminho quando começou a chover. Como normalmente acontecia nestes casos, o dínamo da bicicleta começou a patinar, ficando quase sem luz. Mas o meu espírito aventureiro impediu-me de voltar para trás e continuei, iluminado por esse espírito e pela vontade de ver um filme no grande ecrã pela primeira vez.

INSTALAÇÕES DA MARINHA EM VILA FRANCA - QUE FUTURO?

Depois de terem encerrado há cerca de oito meses, continua sem se saber o destino futuro das instalações da Marinha em Vila Franca de Xira. Depois de ter saído a público que a PARQUE EXPO, iria estudar cenários de reconversão do território e das edificações do complexo das Escolas, surgiu agora a notícia no semanário regional “O Mirante”, de que a Câmara Municipal de Vila Franca não está, para já, interessada em comprar os 12 hectares onde funcionavam as Escolas da Armada.

O ANTES E O DEPOIS DE 25 DE ABRIL DE 1974


Nasci em 1955, o que equivale a dizer que vivi 19 anos no regime ditatorial do Estado Novo, tempo mais do que suficiente para sentir os efeitos da opressão e do despotismo exorbitante que era exercido pelos órgãos do poder e pelas classes sociais mais favorecidas, sobre os mais pobres e desprotegidos. A injustiça social começava logo pela impossibilidade dos jovens oriundos de famílias pobres poderem estudar para além da 4ª classe, pois não existiam apoios para que isso pudesse acontecer. Assim apenas alguns, nem sempre os mais inteligentes, podiam aspirar a frequentar um curso superior, sendo cerceada essa hipótese a outros, com boas aptidões, apenas porque não tinham tido a sorte de terem sido postos no mundo por progenitores ricos.

O 1º DE MAIO DE 1974

O que se passou em Lisboa no 1º. De Maio de 1974, o primeiro dia do trabalhador festejado em liberdade, depois de 48 anos de um regime opressivo, é impossível de descrever apenas com palavras. Só quem lá esteve e participou nas grandiosas manifestações de alegria de centenas de milhares de pessoas, unidas pela mesma bandeira e pelo amor à pátria, pode ter na sua mente as fabulosas imagens desse dia. Foi um autêntico espectáculo de magia, luz e cor. Ali não existiam partidos, as palavras de ordem eram as mesmas para toda a gente: “o povo unido jamais será vencido”, era o slogan que saía das gargantas sedentas de paz e liberdade daquela imensa multidão.
Os militares eram os heróis desse dia. Milhares de cravos vermelhos eram oferecidos aos soldados e marinheiros, que participavam na festa de mãos dadas com o povo. Era uma fantástica mistura de cores, com muitos milhares de bandeiras vermelhas e verdes em agitação frenética, e as boinas brancas dos marinheiros ondulando naquele mar de gente. Foi, de facto, um dia memorável que jamais esquecerei.